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A falácia da bolsa barata

A importância da gestão ativa

Por Gabriel Rosenbaum

19 abr 2024 15h17 - atualizado em 19 abr 2024 03h17

Ano após ano, desde o início da internet, tem sempre alguém dizendo que a bolsa está barata.

Mas como Guilherme Motta – gestor da estratégia Long Bias da Studio Investimentos – disse no episódio #93 do Market Makers, a melhor forma de se tornar humilde no Brasil é fazendo previsões, incluindo para a nossa bolsa. Prova disso é a performance historicamente pífia da bolsa, que medida pelo Ibovespa não bate nem o CDI.  

Quem também trouxe esta estatística foi Daniel Goldberg no episódio de encerramento do Macro Summit. De acordo com ele, existem várias explicações para a performance negativa da bolsa brasileira, incluindo 2024 em que a nossa bolsa cai enquanto várias outras renovam máximas históricas – lembrando que quase todo mundo estava otimista com as ações brasileiras na virada do ano. Mas dentre todas as explicações, a mais óbvia de todas para Goldberg é que a bolsa não estava tão barata assim.

Ou seja, chega de dizer que a bolsa está barata. A performance histórica da nossa bolsa provou quase todas as vezes que ela não estava barata. Mas isso também não significa que não existem oportunidades na bolsa. 

É o exemplo dado por Guilherme Motta, cujo fundo Studio Long Bias FIC FIM acumula uma alta de 56% desde o seu início em 2022, contra 3% do Ibovespa. Conforme ele explicou no episódio, ele tem uma estratégia mais flexível para se aproveitar dos diferentes momentos da bolsa, operando tanto na ponta comprada como vendida em várias ações, além de estruturar proteções com derivativos. 

Isto permite aumentar a volatilidade do fundo e surfar momentos de alta do mercado quando ele tem uma visão mais otimista e se proteger em momentos em que a assimetria é menor, podendo inclusive ganhar com a queda das ações. O objetivo da estratégia é minimizar os impactos das inevitáveis quedas da bolsa para obter altos retornos compostos no longo prazo.

Se o próprio Warren Buffet, conhecido por sua filosofia de investimento de longo prazo, vendeu 60% das ações que comprou em menos de um ano, Motta aponta que a necessidade de tomar decisões mais táticas e mudar de opinião é ainda maior no Brasil para evitar grandes perdas.

Recentemente, ele aproveitou a queda das ações para aumentar a posição comprada do Studio Long Bias, abordando teses no episódio como Smart Fit, Mercado Livre e XP. Também contou algumas ações que ele está vendido e apostando na queda.

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Por Gabriel Rosenbaum

gabriel.rosenbaum@empiricus.com.br