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As 3 ações que mais subiram da Carteira Market Makers

Um balanço do primeiro semestre deste ano

Leopoldo Rosa

Por Leopoldo Rosa

14 Jul 2025 13h51 - atualizado em 14 Jul 2025 02h30

O MARKET MAKERS FIA, fundo que se inspira na carteira do Market Makers, fechou o 1º semestre do ano com rentabilidade positiva de 24,9% – o equivalente a “IBOV + 9,5%”.

Com isso, desde o nascimento do fundo (set/22) o retorno chega a 31,4% (ou IBOV +5,2%).

No mês passado, meu sócio Matheus Soares detalhou as três etapas do nosso processo de seleção de empresas (Bússola do Munger, Investigação Profunda, Gestão de Risco). E continuamos muito animados com as ações que temos em carteira, mesmo após a forte valorização de alguma delas.

Por isso, separei as 3 ações que mais subiram na nossa carteira para explicar: i) por que elas subiram; e ii) por que ainda gostamos delas.

As 3 ações que mais subiram nesta metade de 2025 foram:

1 – Vivara (VIVA3): +45%
2 – Vulcabras (VULC3): +42%
3 – Mills (MILS3): +32%

Vivara: liderança e alto retorno a um múltiplo baixo

Esse é o tipo de empresa que até o Warren Buffett teria se não fossem os problemas de governança corporativa que ela teve em 2024 – aliás, sem esses problemas e mantida nos mesmos preços, certamente a gente teria uma participação muito maior nela.

A Vivara tem duas marcas muito fortes: a própria Vivara e a Life (que tem um ticket menor). Ela tem vantagens competitivas claras em seu modo único de produção das joias: ela compra a matéria-prima, desenvolve o produto, distribui e vende para o consumidor final.

O processo produtivo, combinado com a marca forte e forma de produção única, faz com que ela tenha uma vantagem competitiva que é facilmente vista em seu ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) elevado e market share alto.

Aqui não tem segredo: empresas que têm ROIC e market share altos fazem algo diferencial.

Um detalhe importante: ela vende ouro e prata, produtos que não perdem valor com o tempo e que, em caso de um produto que não tenha venda, ela pode derreter e fazer um novo.

E o múltiplo? Na faixa de 9x Preço/Lucro estimado para 2026 – lembrando que estamos falando de uma empresa de margem consistente na faixa de 60%.

Vulcabras: segue correndo e segue barata

A Vulcabras gerencia três marcas esportivas principais: Olympikus, Mizuno e Under Armour. Ela é exposta ao segmento de calçados esportivos, que vem crescendo não só no Brasil mas no mundo todo. Mas o diferencial dela está na entrada no mercado de alta performance (leia-se corrida): ela tinha zero de receita nesse mercado e hoje já é 20% da sua receita, graças à linha CORRE.

Em um mercado tão competitivo, a Vulcabras tem conseguido crescer 15% a 20% ao ano nos últimos anos. Além disso, a Vulcabras é “empresa de dono”, que tem alocado muito bem o capital, é zero alavancada, paga dividendos mensalmente e, mesmo assim, negocia a múltiplos muito baixos se comparar com outras varejistas.

Não faz sentido essa discrepância e por isso a gente aproveita para comprar.

Mills: liderança no setor que mais atrai dinheiro no Brasil

A Mills é tocada por Sérgio Kariya, um CEO que está lá desde 2015 e fez uma verdadeira transformação na companhia, que quase quebrou naquela época com o desenrolar da Lava Jato.

Hoje ela é muito mais diversificada do que na fase da Lava Jato, tanto em carteira de clientes quanto em setores da economia que atua. Ela vem crescendo forte e tornou-se a mais relevante nos segmentos de Formas & Escoramentos (50% de market share) e de Plataformas Elevatórias (mais 20% de participação) – ambos muito expostos à infraestrutura, que vem recebendo massivos investimentos. São os “cash cows” da empresa, com margens altas, pouca necessidade de capex e geração consistente de caixa.

Em 2021 entrou no mercado de Linha Amarela e Transpaleteira, todos setores que têm muita sinergia pra ela tanto na base de clientes (que podem ter todos os serviços dentro da própria empresa). Ela tem uma penetração muito baixa nesses dois segmentos (cerca de 2% a 3% de market share).

O espaço para crescer virou notícia na última semana: a Mills anunciou a compra da Next Rental, operação de linha amarela no sul do Brasil, por um valuation muito atrativo. Isso acontece porque muitos concorrentes menores estão estressados financeiramente, pressionados pelo aumento do custo de financiamento e pela necessidade de renovar equipamentos que ficaram caros demais. E a Mills, com uma dívida líquida/EBITDA confortável, aproveita o momento para ir às compras.

Outra vantagem é a família fundadora, que segue muito atuante via conselho e ajuda a manter esse conservadorismo no crescimento.

Hoje, essas três ações representam pouco mais de 30% da Carteira Market Makers.

O fundo MARKET MAKERS FIA, que se inspira na Carteira Market Makers, está disponível nas plataformas do BTG Pactual, Inter, EQI, Necton e CM Capital. A quem tiver interesse em investir, a aplicação mínima inicial é de R$ 1.000.

Aproveito para dar as boas vindas aos mais de 40 novos investidores que entraram no MARKET MAKERS FIA em junho. Estamos com o maior número de cotistas da história do fundo!

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Leopoldo Rosa
Por Leopoldo Rosa

Leopoldo Rosa é jornalista com MBA em Mercado de Capitais pela UBS/B3 e em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Tem passagens por Globo, CBN, CNN e Abril.

leopoldo.rosalino.ext@mmakers.com.br