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Conheça o playbook do novo gestor da Verde
O jeito de investir do "goleiro" do time de ações de Stuhlberger
Elmer Ferraz passou sete anos na família de fundos Galileo e mais sete na Dunamis, do Itaú. No fim do ano passado ele chegou à Verde, a gestora do lendário Luis Stuhlberger, já consagrado no mercado e com duas incumbências: assumir uma equipe que ele não formou e uma carteira de ações diferente da que ele possuía — e que não performava a contento.
Como fazer isso? Usando a filosofia e o playbook que ele trouxe em sua bagagem. No episódio de ontem do Market Makers ele explicou em detalhes como essa espécie de manual de investimento em ações funciona.
A Filosofia
“Meu papel como gestor é formatar o processo de investimento, diminuir vieses pessoais, transformar aquilo [as análises de ações] num portfólio e defendê-lo nos momentos ruins“, afirma. Parece simples? Ele garante que não é, ainda mais no Brasil.
“Meu pilar central sempre foi preservação de capital. Ciclos no Brasil são curtos e intensos… É voo de galinha e recessão. Por isso, sempre foi importante, dentro dessa visão, fazer algo que parece simples, mas é complexo: unir bottom up e top down, ou seja, unir conhecimento profundo das empresas sem perder agilidade de análise de cenário macro”, diz.
Resumindo em uma lição curta e memorável: “ignorar o fator macro faz uma boa empresa se tornar um péssimo investimento”.
O Playbook
Agora vamos ao lado mais prático: como as ações são escolhidas? Elmer detalha:
“Criamos grandes blocos de risco macro. Um bloco poderia ser global cíclico: com commodities, bancos globais; outro bloco seria crescimento defensivo: supermercados, farmácias; tecnologia teria empresas de crescimento que ainda não dão retorno; special situations, por sua vez, empresas aguardando privatização, como Sabesp e Eletrobras. Dividimos isso em moeda forte ou fraca, casos locais e globais. Aí tentamos povoar esses blocos com cem ações no total.“
“A ideia é ter uma cobertura contínua dessas empresas, independentemente do fato de elas estarem no portfólio ou não. Não quero olhar a Vale quando acho que a China vai crescer. Precisamos ter aquilo analisado sempre. No portfólio final, entram 15 a 20 empresas, mas temos 100 analisadas”, conclui.
Não é todos os dias que temos em mãos, em tantos detalhes, a estratégia de investimento em ações de um gestor com o currículo do Elmer. Isso que você leu é apenas uma palinha de tudo que o novo gestor de ações da Verde nos contou no episódio completo. Recomendamos fortemente que você clique aqui e acompanhe a conversa completa. Acredite: tem muito mais.