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IA nos investimentos: 5 pontos sobre como usar

Investir com inteligência demanda saber como ela funciona, onde ela pode errar e como usá-la da maneira correta

Leopoldo Rosa

Por Leopoldo Rosa

30 May 2025 15h11 - atualizado em 30 May 2025 03h11

Confesso que ainda fico impressionado quando vejo certas coisas que a inteligência artificial é capaz de fazer. Mas sou partidário de abraçar cada nova ferramenta: se for para facilitar a nossa vida e nos tornar mais assertivos, que venha.

Por isso, decidi dividir com você, na nossa série “cinco pontos”, uma visão sobre como a IA pode contribuir para a vida do investidor. Adianto: tem coisas bem interessantes acontecendo.

Vamos, então, aos nossos cinco pontos?

1. Análise de dados em escala nunca vista

A IA consegue processar bilhões de dados — de balanços a redes sociais — para identificar padrões, sentimentos e riscos.

Ela lê relatórios, compara múltiplos, cruza indicadores e entrega sinais muito mais rápido que um humano. Assim, em vez de você passar horas lendo balanços, por exemplo, a IA pode analisar múltiplos indicadores e te mostrar as ações que batem com seus critérios.

Hedge funds como RenaissanceBridgewater Two Sigma usam IA há anos para buscar vantagem competitiva.

2. Modelos preditivos para precificação e risco

Ainda nessa linha de processamento de dados, os algoritmos de inteligência artificial ainda são capazes de:

  • prever movimentos de preços com base em padrões históricos;
  • detectar desvios estatísticos;
  • e até antecipar crises com base em sinais sutis (como volume, fluxo, correlações).

Isso é especialmente útil para estratégias quantitativas e de alta frequência (high frequency trading).

3. Leitura automática de relatórios e notícias – a IA em investimentos

Mas as IAs não ficam apenas limitadas à leitura de dados objetivos. As ferramentas de NLP (processamento de linguagem natural) permitem que IAs leiam e analisem automaticamente:

  • releases de resultados;
  • comunicados ao mercado;
  • e até falas de CEOs em conferências.

A inteligência artificial é capaz de, a partir desses conteúdo, captar mudanças de tom e reagir a isso.

4. IA em investimentos também para o investidor pessoa física

Antes restrita aos grandes, hoje a IA já chega ao investidor pessoa física por meio de:

  • ferramentas que fazem stock picking automatizado;
  • assistentes de portfólio;
  • apps de análise com IA embutida;
  • e plataformas que usam IA para sugerir alocação.

Hoje, já existem até robôs advisors com algoritmos auto ajustáveis baseados em inteligência artificial. 

5. Nem tudo que brilha é IA — cuidado com promessas milagrosas

Vamos dosar a pílula agora: a inteligência artificial não prevê o futuro. Ela reconhece padrões com base no passado. E não é imune a erros.

Essas ferramentas dependem de dados de qualidade, modelagem correta e interpretação humana.

Cuidado com promessas exageradas de “robôs que batem o mercado sempre”. A inteligência artificial é uma ferramenta a mais, mas não deve ser todo o seu arsenal.


Resumo da Ópera

A Inteligência Artificial está se tornando parte do cotidiano dos investimentos. Mas investir com inteligência demanda saber como ela funciona, onde ela pode errar e como usá-la da maneira correta.

O de hoje tá pago. E eu espero que rendendo muito. 

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Leopoldo Rosa
Por Leopoldo Rosa

Leopoldo Rosa é jornalista com MBA em Mercado de Capitais pela UBS/B3 e em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Tem passagens por Globo, CBN, CNN e Abril.

leopoldo.rosalino.ext@mmakers.com.br