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Mills: os 5 gráficos e os 4 atributos que sustentam nossa maior posição
As credenciais da Mills (bom fundamento, bom negócio e boas pessoas) a colocam numa condição de destaque na indústria
“Os sábios apostam pesado quando o mundo lhes oferece uma oportunidade. Eles apostam alto quando têm as probabilidades a favor. E, no restante do tempo, não apostam. É simples assim.”
Charlie Munger
Gravamos um episódio com Sergio Kariya, CEO da Mills, empresa que somos sócios através do Market Makers FIA – fundo de investimento em ações que se inspira em nossas recomendações. A Mills é uma empresa que acompanhamos desde 2019 e que de lá até os últimos 12 meses encerrados no 2º trimestre de 2024 entregou um crescimento anual composto de:
i) 27% em suas receitas:
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ii) 31% em seu lucro bruto (receita líquida menos custos)
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iii) 45% em seu EBITDA (lucro antes do resultado financeiro, impostos, depreciação e amortização)
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iv) e entregou tudo isso sem se alavancar, ou seja, de maneira saudável:
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v) e expandindo o Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) no mesmo período
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Não à toa, a Mills é hoje a maior posição da Carteira Market Makers. Trata-se de uma tese de investimento que reúne as quatro características que buscamos em uma empresa:
1) Bom fundamento
A Mills é uma empresa que possui market share relevante nos principais negócios em que atua – plataformas elevatórias e formas & escoramentos – com ROIC elevado, o que são dois atributos existentes somente em empresas com vantagens competitivas.
2) Bom negócio
Não é fácil encontrar uma empresa que cresce sua receita a um CAGR de 27% ao ano. Mais difícil ainda é encontrar uma empresa que cresce nessa velocidade diversificando sua receita e ainda expandindo a margem.
3) Boas pessoas
Apesar de ser hoje um bom negócio, entre 2014 e 2018 a empresa passou por um momento dificílimo e teve que se reestruturar tanto operacionalmente quanto financeiramente.
Um dos grandes responsáveis pela transformação e pelo atual momento da empresa é Sergio Kariya, CEO da Mills desde 2015 e nosso entrevistado no episódio #142 do Market Makers. Nessa conversa, pudemos extrair do Sergio, os momentos cruciais da história da Mills e a transformação que ela vem passando desde a sua chegada, em 2015.
Em outro episódio (com Pedro Chermont, fundador da Leblon Equities e um dos conselheiros da Mills) também nos aprofundamos no tópico ‘pessoas’ e função dos conselheiros em dois momentos: i) até 2013, naquele que foi o período da bonança e do erro na alocação de capital, e ii) mais recentemente, nesse que vem se mostrando um ciclo assertivo de alocação de capital após uma série de aquisições bem-sucedidas.
4) Valuation
Em nossa visão, uma empresa que consegue crescer o que vem crescendo e com rentabilidade, sem se alavancar, mereceria negociar com prêmio na indústria e hoje a Mills, em termos de múltiplo, é a mais descontada. Se projetarmos um EBITDA de R$ 800 milhões para 2025, bastante possível para a Mills, vemos uma empresa negociando a pouco mais de 4x a relação EV / EBITDA.
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O valuation descontado reflete o pessimismo do mercado em torno da capacidade da empresa em absorver os efeitos da inundação de máquinas chineses no Brasil, que podem, no curto prazo, impactar o seu principal negócio (plataformas elevatórias ou PEMTs).
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Não menosprezamos o momento atual e partilhamos das preocupações do setor de locação de plataformas elevatórias, mas cabe dizer que empresa boa não fica barata com notícia boa, mas sim com notícia ruim.
Apesar dos riscos, acreditamos que as credenciais da Mills (bom fundamento, bom negócio e boas pessoas) a colocam numa condição de destaque na indústria e aquela que é capaz de absorver os benefícios que uma máquina chinesa pode trazer no longo prazo: menos capital investido e aumento do mercado endereçável por conta do barateamento das máquinas.
Todas as teses de investimento da Carteira Market Makers são analisadas, atualizadas e discutidas no M3 Club, o nosso hub onde investidores profissionais se encontram.
No episódio com Pedro Chermont, por exemplo, eles tiveram a oportunidade de assistir presencialmente, com rodadas de networking pré e pós-gravação, além de uma sessão exclusiva de perguntas, que está registrada e disponível apenas na área logada dos membros do M3.
Ter esse acesso a um CIO de uma prestigiada e bem-sucedida gestora e conselheiro de uma empresa promissora era difícil até pouco tempo. Com M3 Club, isso se tornou possível.
Estamos sem vagas abertas no M3, mas enviamos para um grupo de pessoas da nossa base de leitores da CompoundLetter uma cortesia do hub que, ao liberar, te dará acesso à lista de espera.
Se você recebeu um e-mail com o título “Você foi selecionado” esses dias, aproveite para desfrutar o conteúdo.
No mais, deixamos neste link uma explicação completa sobre como o M3 agrega valor na sua carteira de investimentos. Lá você encontrará vídeos, fotos e um texto com tudo que você precisa saber sobre o maior hub de investidores de ações do Brasil.