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O dividendo do dinheiro é a liberdade

Como funciona o método Barsi de investir

Por Gabriel Rosenbaum

01 abr 2024 11h42 - atualizado em 01 abr 2024 11h44

“O patrimônio é a métrica do ego, o que
vale para mim é renda. É normal se o
meu patrimônio variar até R$ 100 milhões
no ano, porque a cotação das ações variam”

– Luiz Barsi

Imagine que em um determinado dia você está andando pela calçada e acaba se deparando com uma revista numa banca, sendo que na capa dela está a foto do seu pai com colegas de profissão. E depois disso, você nota que o título da revista é “As maiores fortunas da bolsa”. Isso aconteceu com a Louise Barsi e foi assim que ela ficou sabendo que seu pai, Luiz Barsi, tinha uma fortuna que passava a casa do bilhão, conforme ela contou no episódio #90 do Market Makers.

Claro que Louise sabia que seu pai era um investidor e tinha uma boa condição financeira, mas descobrir da noite para o dia que ele era bilionário diz muito sobre o próprio estilo de vida de Luiz Barsi: mesmo com seu imenso patrimônio acumulado, Luiz era visto antes da pandemia quase diariamente com um traje comum nas linhas Vermelha e Azul do metrô a caminho do trabalho ou de casa, usando o Bilhete Único gratuito para idosos. Ele é o maior investidor pessoa física da bolsa, sendo chamado frequentemente de “Warren Buffett brasileiro”.

O que atraiu Luiz na bolsa de valores foi a ideia de que ele poderia ser um pequeno dono de grandes negócios, com um potencial maior do que ser um grande dono de um pequeno negócio. Ele baseou sua filosofia de investimentos em buscar empresas com ampla capacidade de pagamento de dividendos para seus acionistas, as quais ele enxergava como o caminho para acumular patrimônio e alcançar a liberdade financeira através da renda passiva – objetivo que ele alcançou depois de oito anos investindo na bolsa.

A simplicidade desse grande investidor aliada a sua história e filosofia de investimentos me faz lembrar de uma das lições do livro “A psicologia financeira”, de Morgan Housel, que diz que ter o controle do próprio tempo é o maior dividendo que o dinheiro pode pagar. 

Esta lição é inspirada numa pesquisa publicada por um psicólogo em 1981 que decidiu investigar o que deixava as pessoas felizes. Ele concluiu que o que diferenciava as pessoas mais felizes do restante não eram obrigatoriamente o local em que moravam, o carro que tinham ou seu grau de instrução, mas sim a sensação de estar no controle da própria vida.

É justamente este o grande valor intrínseco do dinheiro: sua capacidade de nos dar controle sobre o próprio tempo. Uma riqueza maior pode significar poder tirar folga do trabalho quando doente, pode significar poder esperar por uma boa vaga de emprego após uma demissão sem ser obrigado a aceitar a primeira que aparecer, pode significar se aposentar mais cedo, pode significar estudar por razões não financeiras, entre outras coisas. Enfim, usar o dinheiro para comprar o poder de escolha proporciona um estilo de vida que não pode ser comprado por nenhum item de luxo.

Com a missão de ensinar a filosofia de Luiz Barsi e educar os investidores comuns que tem o objetivo de alcançar sua liberdade financeira, surgiu o Açoes Garantem o Futuro (AGF), tendo dentre seus fundadores Louise Barsi. Para entender mais sobre a proposta da AGF e como ela se aplica a algumas teses de investimentos, recebemos no episódio #90 Louise Barsi e Felipe Ruiz, economista e sócio fundador do AGF.

Clique aqui e confira essa aula sobre COMO FUNCIONA O MÉTODO BARSI DE INVESTIR.

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Por Gabriel Rosenbaum

gabriel.rosenbaum@empiricus.com.br