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O interessante mundo do crédito privado

Banrisul, Americanas e Light são cases que a JGP estruturou crédito, proporcionando ganho de capital aos investidores

Por caio.nascimento

15 Jul 2024 14h15 - atualizado em 15 Jul 2024 02h32

O mercado de crédito privado no Brasil merece um aprofundamento dada a vasta gama de possibilidades que ele oferece aos investidores, como:

  • Fundos de investimento em crédito privado;
  • Debêntures;
  • Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI);
  • Letras de Crédito (LCI e LCA).

Esses instrumentos proporcionam aos investidores acesso a retornos potencialmente superiores, diversificação de portfólio e, em alguns casos, benefícios fiscais, tornando-se uma opção atrativa em um cenário de taxas de juros elevadas e busca por rentabilidade.

É por isso que, pela primeira vez, fizemos um episódio focado neste tema, com a participação de Alexandre Muller, sócio e gestor da área de crédito da JGP, uma gestora com 25 anos de história.

Muller explica que o crédito no Brasil apresenta um fluxo de caixa que retorna em um curto espaço de tempo, uma característica importante para o planejamento financeiro das empresas, indicando a rapidez com que os investimentos em crédito podem ser recuperados por quem diversifica a carteira com esse tipo de ativo.

Durante o episódio, ele falou sobre a evolução do mercado de crédito no Brasil. “Hoje existe um mercado de crédito muito grande, especialmente no setor de debêntures que negociam no mercado secundário. Essas são operações mais líquidas e têm uma semelhança maior com o mercado de bolsa”, disse.

O gestor também discutiu a perspectiva econômica e o impacto da taxa de juros no mercado de crédito: “o componente da perpetuidade é menor no crédito do que na bolsa, o que tende a reduzir a volatilidade e fazer com que os desvios entre preço e fundamento não perdurem por tanto tempo.”

Muller trouxe ainda uma visão equilibrada sobre o atual cenário econômico. “Começamos a trabalhar com um cenário de juros estáveis até o final do ano, mas temos dúvidas sobre a dinâmica fiscal e os juros de equilíbrio no próximo ano. É um cenário menos construtivo, mas não tão grave quanto foi em 2023”, disse ele a partir dos 27 minutos de papo (veja a fala completa clicando aqui).

Aproveitando as crises

A combinação de análises detalhadas, estratégias táticas durante crises, participação em operações de aumento de capital, obtenção de spreads de crédito atrativos, e a diversificação e customização das operações são os principais mecanismos pelos quais a JGP consegue obter lucro para seus clientes no setor de crédito.

Essas estratégias permitem que a gestora maximize os retornos para seus investidores enquanto gerencia e mitiga os riscos associados.

O sócio da JGP compartilhou exemplos práticos. Entre elas, destacou a atuação durante as enchentes no Rio Grande do Sul, onde a empresa aproveitou a queda nos preços dos bonds do Banrisul: “conhecíamos bem o banco e tínhamos informações detalhadas sobre a saúde da instituição. Fizemos testes de estresse na carteira e vimos que a base de capital comportava. Para nós, foi uma oportunidade de fazer algumas apostas táticas.”

Outro exemplo foi a resposta às crises das empresas Americanas e Light. “Nos últimos 18 meses, contamos mais de 40 operações de aumento de capital para reforço de balanço. Empresas como Hapvida, Dasa, Aeres, CVC e BRF fizeram aumentos significativos, o que suavizou muito os impactos sobre o mercado de crédito,” detalhou.

Em outras palavras, ao ajudar as empresas a reforçarem seus balanços, a JGP reduziu o risco de crédito associado a essas empresas. Um balanço mais sólido diminui a probabilidade de inadimplência.

Com empresas mais fortes financeiramente, os instrumentos de crédito emitidos (como debêntures ou bonds) tendem a se valorizar, proporcionando um ganho de capital para os investidores.

Assista ao episódio completo clicando aqui

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Por caio.nascimento

caio.nascimento@mmakers.com.br