O melhor livro que existe sobre investimentos

Não é uma definição qualquer. É a definição do Oráculo de Omaha, Warren Buffett, sobre “O investidor inteligente”, livro escrito por seu guru pessoal, Benjamin Graham. 

O homem da Berkshire Hathaway conta no prefácio da nova edição – publicada pelo selo Harper Business – que leu a obra pela primeira vez aos 19 anos, em 1950 e continua considerando-a a melhor já escrita sobre investimentos.  

E se você ainda não leu, está perdendo tempo. É o livro de cabeceira de Buffett – e de milhares de outros investidores ao redor do mundo. 

Digo mais: não é que a gente fosse dizer se Warren Buffett estivesse errado – ele quase nunca está, segundo seus resultados – mas neste caso ele tem um ponto. Tanto é que baseou parte de suas estratégias ao longo da vida nos ensinamentos de seu mentor, Graham, descritos no livro.

“O investidor inteligente” valeria só por uma de suas frases mais famosas “preço é o que você paga, valor é o que você recebe”. Mas a gente ainda elencou outros três pontos pelos quais vale a pena ler esse clássico em sua nova edição.

#01

Por que você precisa ler?

Logo no primeiro capítulo do livro, Benjamin Graham busca traçar a diferença entre o investidor e o especulador. O autor acredita que estabelecer essa diferença é essencial para o mercado. “Wall Street deveria restituir essa distinção e enfatizá-la em todos os seus contatos com o público”, diz. 

Isso é importante porque é algo que faz do livro o clássico que ele é: o estabelecimento de padrões que ditaram o mercado a partir de sua publicação. Aliás, aqui está a principal razão para ler esse livro: ele ajudou a criar a noção de mercado como o conhecemos hoje. 

#02

Por que ele é útil para você?

Embora tenha se tornado um manual de boas práticas do investidor, o livro de Graham está longe de apresentar uma fórmula única para todas as pessoas. O autor se preocupa em considerar o contexto de cada pessoa e como isso influencia o perfil como investidor.

“O tipo de papel a ser comprado e a taxa de retorno a ser buscada não dependem dos recursos financeiros do investidor, mas de sua bagagem financeira em termos de conhecimento, experiência e temperamento”, diz o autor no capítulo 5.

#03

Por que a nova edição avança na obra?

A nova edição traz ao final de cada capítulo os comentários de Jason Zweig, renomado jornalista de economia do The Wall Street Journal. Nessas notas, Zweig dá novos contextos e aplicações práticas aos ensinamentos de Graham, atualizando teorias e dando um panorama dos mercados – e como eles traduzem o livro na prática.

“Toda mania de investimento acaba sendo uma repetição da mesma velha história: a busca pelo Santo Graal de altos retornos com baixo risco e sem esforço”, comenta. 

Ponto final

Para os fãs de Benjamin Graham, destacamos também a nova edição de “A interpretação das demonstrações financeiras”, escrito por ele em parceria com Spencer B. Meredith. É um verdadeiro manual que explica o que é – e como ler – uma DRE e todos os seus itens. Bem, e é um manual escrito por Graham, então…dispensa outros adjetivos.

E um “post scriptum”

Como hoje estou inspirado a fazer você ter uma boa lista de livros para o fim do ano, vou deixar uma última recomendação: o celebrado autor de A psicologia financeira, Morgan Housel, acaba de publicar uma nova obra: “A arte de gastar dinheiro”.

No livro, que já está há duas semanas na lista de mais vendidos da revista Veja – e se você for a uma livraria, vai vê-lo também na mesma prateleira, portanto corra –  Housel volta ao tema que o consagrou e coliga a nossa vida financeira a questões psicológicas e de comportamento e nos ajuda a entender porquê gastamos dinheiro – para então nos ajudar a moderar o gasto e torná-lo mais inteligente.

Num dos trechos mais icônicos, destaco: “o dinheiro é uma ferramenta que você pode usar. Mas, se não tomar cuidado, é ele que vai usar você”.

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