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Um micro BTG na Bolsa

Imagine uma estrutura mais enxuta, nova na história do mercado financeiro, com uma atuação mais focada no Brasil, um IPO recente e que almeja crescer na esteira do BTG. Esse é o BR Partners

Por caio.nascimento

24 Jun 2024 14h49 - atualizado em 24 Jun 2024 02h49

BTG (BPAC11) é o maior banco de investimentos da América Latina. Uma estrutura global, de larga escala e uma “máquina” que não para de crescer e realizar aquisições, com lucros recordes e uma ação que subiu 600% nos últimos sete anos, sem considerar os dividendos.

É um verdadeiro império financeiro, com 41 anos de história e liderado pelo seu senior partner André Esteves.

Agora imagine uma estrutura mais enxuta, nova na história do mercado financeiro, com uma atuação mais focada no Brasil, um IPO recente e que almeja crescer na esteira do BTG.

Esse é o BR Partners (BRBI11), um banco de investimentos criado em 2009 pelo experiente banqueiro Ricardo Lacerda, que acumula mais de 30 anos no mercado, passando por cadeiras executivas do alto escalão do Goldman Sachs e do Citigroup de 1996 até o ano em que fundou sua própria instituição financeira.

O BR Partners fez IPO em 2021 e vem se destacando, ao longo dos seus 15 anos de história, por crescer a uma média anual de 20% a 25%. 

Além disso, chama atenção o fato de estar aumentando o seu lucro por quatro trimestres consecutivos, com o 1T24 considerado o melhor de sua história após um 2023 com muita operação oportunística de reperfilamento e reestruturação. 

É diante desses números interessantes que o Matheus Soares e o Josué Guedes, sócios do Market Makers, conversaram com Ricardo Lacerda no episódio #105 do podcast.

No papo de quase 2h, Lacerda afirmou que a estrutura de capital do BR Partners está adequada para o banco seguir crescendo de forma saudável e explicou por que a instituição tem resultados tão interessantes. 

“Nosso negócio é extremamente rentável por ter um componente de serviços muito alto. Quando você olha outros bancos que precisam alavancar muito a carteira para poder ter rentabilidade, eles têm um percentual de receita de serviços muito baixo. Já a gente tem um percentual alto que não depende do nosso balanço. Isso nos dá muita flexibilidade, porque temos um balanço pouco alavancado, então quando querendo fomentar uma operação mais específica, conseguimos. Além disso, temos um custo de captação relativamente baixo. Quando entra na grade do BTG, da XP e olha os CDBs dos bancos, pagamos muitas vezes custo de captação abaixo de bancos bem maiores e com ratings melhores que o nosso, pois temos alavancagem baixa. E as coisas que fazemos têm margem. Esse é o segredo para sermos tão rentáveis. Não fazemos operações só por fazer, para colocar no balanço. Fazemos coisas que são rentáveis realmente”.

Ele completa:

“Nosso índice de Basileia (capitalização do banco em relação ao seu total de ativos) gira entre 15% e 20%, o que é mais do que suficiente. Nosso objetivo não é atuar como um banco comercial, super alavancado, com um balanço muito grande. Somos um banco de alta costura. Fazemos serviços específicos para os clientes em que usamos nosso balanço em várias circunstâncias. Mas a gente não precisa sempre usar nosso balanço [como muitos bancos fazem]. Temos uma carteira extremamente líquida, então se a gente precisar de mais capital amanhã, podemos vender uma parte dos nossos ativos no mercado e liberar capital. Então estamos com uma estrutura de capital adequada para nosso tamanho e nossa atividade”. 

Lacerda explicou também que quer ver o banco sendo o que já é nos próximos anos, só que numa escala muito maior.

Para isso, ele destacou que o grande desafio é atrair talentos, retê-los e, assim, formar times cada vez mais competentes para escalar as operações.

Uma das estratégias para alcançar essa meta é o projeto de partnership, no qual o funcionário com o tempo se torna sócio do banco e passa a ter um senso de dono cada vez mais afinado. Essa estratégia, aliás, é adotada pelo BTG Pactual, que é uma referência global nisso.

O próprio Lacerda define o BR Partners como um “micro BTG” e reforça: olhando o horizonte de longo prazo, pretende ver o banco crescer na esteira do bem-sucedido império de André Esteves.

Em resumo, o BR Partners é um banco interessante de se conhecer. Tudo indica que é um negócio bastante promissor. Por isso, recomendo que assista à conversa.

Abaixo, deixo os principais tópicos em meio a tudo que você vai ouvir no episódio #105:

  • Os problemas cíclicos e estruturais do Brasil;
  • A carreira “banhada a crises” mundiais e brasileiras de Ricardo Lacerda;
  • Como pensam os investidores estrangeiros e brasileiros;
  • O anacronismo de Lula;
  • Como o Brasil ficou fora do radar dos estrangeiros;
  • O cenário de fusões e aquisições no Brasil;
  • Como se escolhe sócios;
  • A cultura do BR Partners.

ASSISTA AQUI

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