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Vale a pena ter ações de educação no portfólio? Grandes nomes da Faria Lima respondem
A lista dos papéis mais valorizados é encabeçada pela Cogna, com uma alta de 164,78%

Ações de educação são um bom investimento? De um lado, as empresas saneando contas e tendo bons desempenhos na B3. Do outro, um mercado complexo e com mudanças regulatórias e de comportamento do consumidor.
Colocar educação no portfólio, mesmo para investidores mais experientes, sempre foi um desafio – e alvo de alguma desconfiança. E talvez isso tenha feito com que o segmento tenha amargado uma fama de “patinho feio” da bolsa por muito tempo.
Mas os resultados da B3 no 1° SEM/25 chamam a atenção. A lista dos papéis mais valorizados é encabeçada pela Cogna (COGN3) – que reúne escolas, universidades e produção de material didático – com uma alta de 164,78%.
Outra ação de educação, YDUQS (YDUQ3) apareceu na terceira posição da lista, com alta
de 103,13% e os papéis a R$16,49. Essa alta é reflexo direto de uma mudança de cenário, segundo Gustavo Oba, da Organon Capital.
“As companhias entraram em modo de rever custo, otimizar estrutura física e digital, e aí com disciplina de custos, foco em sustentabilidade da receita, elas voltaram a gerar caixa e a alta é reflexo disso”, explica.
Caio Barone, analista da Moat Capital, diz que essa mudança de cenário está afetando positivamente a percepção do mercado em relação ao às ações de educação.
“É um setor que historicamente gerou muito pouco caixa. O mercado sempre reclamou e duvidou disso. O que começou a se materializar nesse nesse tempo e daí o mercado começou a enxergar e falou: ‘Bom, isso aqui realmente mudou e agora dá pra gente confiar, né?’ Dá para você ver que o negócio realmente está melhor.”
A Ânima (ANIM3), outra gigante do setor, não apareceu nessa lista, mas vem reportando melhorias interessantes: no balanço do 1° tri, teve R$115,3 milhões de lucro ajustado e um crescimento de 5% na receita em relação ao mesmo período do ano anterior.
A verdade é que o histórico pode, ainda, jogar contra o setor. Nos últimos anos, um vai-e-vem de incentivos do governo e mudanças regulatórias trouxeram alguma incerteza – que, segundo analistas ouvidos por The Report, parecem ter ficado para trás – e dado lugar a boas oportunidades de investimento.
LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NA EDIÇÃO DE JULHO DE THE REPORT, A REVISTA DIGITAL DO MARKET MAKERS