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Brasil: muito fácil ficar pessimista, impossível ficar vendido

Recessão lá fora, dicotomia brasileira e Taylor Swift: uma imersão na Kapitalo

Por Market Makers

13 Apr 2023 21h03 - atualizado em 20 Apr 2023 07h42

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R$ 30 bilhões em ativos sob gestão espalhados em 13 estratégias diferentes. A Kapitalo é hoje uma das principais gestoras do Brasil, mas explicar seu modelo de negócio não é tão simples (tanto é que ocupamos os 30 minutos da conversa nisso). Renato resumiu como “uma pizza de 13 pedaços, todos de sabores diferentes, e o tamanho do pedaço vocês decidem internamente”. Os três gestores e sócios da Kapitalo adoraram a síntese (ou fingiram bem).

Nos 60 minutos restantes de conversa, um dos papos mais profundos que já tivemos sobre o momento atual do mercado. Nos 15 minutos iniciais dessa parte, Carlos Woelz fala sobre Brasil e explica a tese que deu origem ao título do podcast: é muito fácil ficar pessimista com o nosso futuro pois teremos que enfrentar uma desaceleração para derrubar a inflação – e quando isso acontecer, provável que o governo reagirá de maneira histérica (leia-se com medidas de estímulo). Apesar disso, estamos tão baratos que dá até vontade de comprar. “O Brasil está barato pra caramba”.

Esse foi um dos trechos mais importantes do episódio: “precisaremos ter uma desaceleração da economia para a inflação convergir pra meta. Porque eu não consigo ficar otimista com isso? Porque acho que vai ter uma reação do governo quando a desaceleração chegar, que pode ser mais gasto. É parte necessária desacelerar a economia, o problema é como o governo vai reagir. A gente não sabe quão histérico o governo vai ficar. Essa é a reação que vai fazer preço e essa é a minha insegurança em tomar posições mais baixistas em juros.” (Carlos Woelz, da Kapitalo).

No cenário internacional, os três gestores convidados da Kapitalo divergem sobre posições, mas há um certo consenso de que devemos ter uma recessão global. E o dólar pode ter um comportamento diferente: “em crise, ele consegue ir bem, mas nessa desaceleração pode ser diferente”.

A surpresa no final fica com as sugestões musicais: os três gestores mostraram o lado “fofo” ao dedicar música para a família. Rolou até Taylor Swift para diversificar ainda mais nossa playlist.

Ouça sem moderação! E nos diga o que achou.

O QUE VOCÊ VAI APRENDER NESTE EPISÓDIO

  • Como funciona o modelo Kapitalo de gestão
  • Caso K10: o que faz um fundo interno virar um produto para investidor final?
  • Uma área está indo bem, outra está indo mal: como conciliar o ego dos gestores?
  • Como lidar com a divergência de opiniões entre os gestores?
  • O que deixa a Kapitalo tão pessimista com Brasil, mas com vontade de ficar comprada?
  • Recessão global: não é mais “será”, mas sim quando ela virá
  • Por que o petróleo caiu tanto – mas o K10 segue comprado
  • Por que o K10 está comprado em ouro
  • O que Carlos Woelz e Taylor Swift tem em comum (ver recomendações musicais)

CONVIDADOS

Carlos Woelz: Formado em Administração pela FGV, Carlos Woelz iniciou suas atividades no mercado financeiro em 1994 no Banco BBM como operador da mesa de renda fixa, tornando-se gerente responsável pela mesa em 1998 e sócio do Banco no ano seguinte. Em setembro de 2009 junto com João Carlos Pinho, fundou a Kapitalo Investimentos onde desenvolveu o modelo de negócios e atualmente comanda quatro books, incluindo gestão macro Brasil e internacional, além da mesa de cash e arbitragem.

Nuno Sampaio: Formado em Engenharia de Produção com ênfase em Engenharia Econômica pela UFRJ e cursou o MBA da FGV – RJ, Nuno Sampaio niciou suas atividades no mercado financeiro em 2004 na área de pesquisa macroeconômica do Banco BBM. Em 2008 transferiu-se para a Gap Asset Management onde foi o sócio responsável pelo livro de renda fixa internacional. Ingressou na Kapitalo Investimentos em 2014 onde é gestor da mesa de EM Macro Internacional.

Bruno Cordeiro: Formado em Engenharia de Produção pela PUC-Rio e mestre em Finanças e Economia pela London School of Economics, Bruno Cordeiro iniciou suas atividades no Banco BBM em 1998, onde trabalhou até 2008 e tornou-se sócio-executivo. Posteriormente, atuou como gestor de Commodites and EM FX da Lentikia Capital, que fundiu suas operações com a BTG em 2009. Em 2014, fundou a Ciclo Capital em parceria com a Vinci Partners. Em 2017, uniu-se a Kapitalo onde é sócio e gestor do fundo Kapitalo K10.

LIVROS RECOMENDADOS

Carlos Woelz

Desbravando A Gestão De Portfólios: Uma Abordagem Não Convencional Para O Investimento Institucional (David F. Swensen)

Hedge Funds: Structure, Strategies, and Performance (H Kent Baker)

Nuno Sampaio

Lords of Finance: The Bankers Who Broke the World (Liaquat Ahamed)

Rápido e devagar: Duas formas de pensar (Daniel Kahneman)

Desrecomendação: The Wealth of Networks: How Social Production Transforms Markets and Freedom (Yochai Benkler)

Bruno Cordeiro

Keeping At It: The Quest for Sound Money and Good Government (Paul A Volcker)

O lado difícil das situações difíceis: Como constuir um negócio quando não existem respostas prontas (Ben Horowitz)

Desrecomendação: Garra: O Poder da Paixão e da Perseverança (Angela Duckworth)

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