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A oportunidade do Brasil com os Estados Unidos
Os próximos 10 anos serão muito importantes por um motivo apontado por Marcos Troyjo, ex-presidente do BRICS
O Market Makers conversou com Marcos Troyjo (diplomata, economista e ex-presidente do BRICS) sobre os impactos econômicos e geopolíticos das eleições nos Estados Unidos.
No papo, disponível na íntegra neste link, ele disse que o Brasil tem um papel importante no contexto da competição cada vez maior entre os EUA e a China.
Somos o segundo maior território e a segunda maior economia do continente. Em meio a isso, a China é o nosso principal destino de exportações e um a cada dois dólares que o Brasil exporta vai para a Ásia.
Segundo Troyjo, isso cria um inconveniente para os americanos que podemos utilizar a nosso favor, captando “oportunidades extraordinárias de investimento dos EUA”.
“Muitos dos países que obtiveram concessões especiais nas relações comerciais com os EUA desde o final da segunda guerra mundial eram problemáticos [para a hegemonia americana]. Veja o caso da Coréia do Sul, Alemanha e do Japão”, exemplifica o diplomata.
“As relações comerciais entre o Brasil e os EUA estão completando 200 anos. Mas, diante disso, acredito que os próximos 10 anos serão mais importantes que os últimos dois séculos”, complementa.
Mas por que a próxima década é tão importante?
Os Estados Unidos têm a necessidade e o interesse gepolítico de manter hegemonia em meio ao avanço chinês, sobretudo falando de um avanço no segundo maior país do seu continente: o Brasil.
“No começo do século, a economia da China era do tamanho da economia da Itália, com PIB nominal de 2 trilhões de dólares. Hoje é uma economia que se avizinha dos 20 bilhões de dólares. A China é quase 10 vezes maior do que era há 2 décadas. A distância entre as duas potências ainda é grande do ponto de vista do PIB per capita, mas houve um encurtamento da distância. Além disso, do ponto de vista político-militar, vemos na China uma dramática alocação de recursos para se fortalecer”, afirma.
Tudo isso, segundo o ex-presidente do BRICS, levou Donald Trump, em 2016, a tornar a competição entre os EUA e a China mais acirrada, com caráter de concorrência existencial e até mesmo por matérias-primas.
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