Cosan, Vivara e até Smart Fit: ideias de ações para o longo prazo

Até que enfim fizemos um programa no Market Makers que não falamos sobre eleições! (quer dizer, só um pouquinho, mas o foco foi ações).

O episódio #19 foi uma conversa com três gestores com 20 anos de atuação no mercado e obcecados pelo estudo e análise de ações.

Essa conversa aconteceu no Market Changers, evento de comemoração do aniversário de 13 anos da Empiricus, realizado na última segunda-feira (31) em São Paulo.

Os convidados: Beatriz Fortunato, gestora da Studio Investimentos, Ary Zanetta Neto, da Brasil Capital, e João Luiz Braga, da Encore.

Pra não dizer que não falamos de política: focamos os 10 minutos iniciais em abordar o que eles fizeram nas suas carteiras naquela segunda pós-eleição. Os quase 60 minutos restantes foram dedicados em falar sobre as teses favoritas de cada um deles.

Ary, da Brasil Capital, tem Localiza e Cosan como as duas principais posições da carteira. A Cosan, aliás, está no fundo da Brasil Capital quase desde quando a gestora nasceu, em 2008. Ele não só deu uma verdadeira aula sobre a tese como também explicou a estratégia recente da empresa de adquirir um pedaço da Vale, uma operação que trouxe uma reação negativa no preço das ações mas, segundo o gestor, é porque o mercado ainda não entendeu o racional.

Já Beatriz, da Studio, abordou uma tese inédita nas nossas conversas: Smart Fit. Ela considera a rede de academias uma tese secular de investimentos, pois a população se preocupará cada vez mais com saúde. Uma estatística interessante que ela trouxe para mostrar o potencial de crescimento da Smart Fit: enquanto nos EUA 1 em cada 5 pessoas frequentam academia, no Brasil essa relação é de 1 para 30.

Braga, da Encore, contou sobre uma tese de investimentos em petróleo, mas sem se expor à tradicional Petrobras. Ele contou por que gosta de Petrorecôncavo, Petrorio e Tenaris, que não é uma petrolífera mas é uma produtora do tubo OCTG, utilizado por esta indústria e que está em grande falta, segundo pesquisa feita pelo Fed de Dallas no trimestre passado (aliás, a explicação de como foi a investigação do Braga pra descobrir essa informação é curiosamente interessante). A Tenaris é listada lá fora, mas possui um BDR aqui, listado no ticker T1SS34.

Um papo bem raíz sobre ações, do jeito que a gente gosta!

O QUE VOCÊ VAI APRENDER NESSE EPISÓDIO

• Por que a Brasil Capital investe em Cosan (CSAN3) e Localiza (RENT3)
• Smart Fit (SMFT3): o call secular da Studio
• Por que João Braga investe em Vivara (VIVA3)
• Como fica o valuation da Petrobras (PETR4) em 2023
• Desafios e oportunidades na indústria de fundos de investimento
• Semelhanças entre o ciclo de alta de 2003 e 2022

CONVIDADOS

 João Braga: Formado em engenharia, João Braga começou sua carreira como analista de bolsa na Hedging-Griffo no time do Luis Stuhlberger em 2004. Após a venda da gestora para o Credit Suisse, Braga voltou ao mercado só em 2014/15 para trabalhar no time gestão de bolsa da XP. Em 2020, fundou a Encore Asset Manegement, gestora focada em ações.

Beatriz Fortunato: Formada em Engenharia de Produção pela UFRJ e pós-graduada em Direito Societário pela FGV-RJ, Beatriz Fortunato foi analista de empresas do Opportunity Asset Management de janeiro de 2001 a fevereiro de 2006. Entre 2006 a 2009, atuou como analista de renda variável e membro do Comitê de Gestão da ARX Capital/BNY Mellon ARX. No final de 2009 fundou a Studio, gestora focada em análise fundamentalista.

Ary Zanetta: Sócio sênior, gestor e membro do Comitê de Investimentos da Brasil Capital, Ary Znetta começou começou sua carreira Credit Suisse Hedging Griffo, onde trabalhou por 5 anos, exercendo funções de trader, analista de ações e renda fixa, e controller manager. Em 2009, fundou a Brasil Capital, onde atua como analista/gestor.

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Episódio sem recomendação de livros

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