Podcast

01h 32min

icon-video-play

Gustavo Franco no Market Makers

O ex-presidente do Banco Central fala sobre o cenário econômico atual do Brasil

Por Market Makers

22 Aug 2025 09h38 - atualizado em 22 Aug 2025 09h38

Inscreva-se

Neste episódio histórico do Market Makers, Gustavo Franco, um dos arquitetos do Plano Real e ex-presidente do Banco Central, faz um diagnóstico profundo e sem rodeios sobre o Brasil. 

Ele começa nos levando de volta ao período caótico da hiperinflação, que ele classifica como a “pior do planeta”, não pela intensidade em um único mês, mas por sua duração de 15 anos que “deseducou e estragou o Brasil”.

Essa experiência, no entanto, deixou o brasileiro “cascudo” e com uma memória traumática, como o confisco do Plano Collor.

Avançando para o presente, Gustavo Franco explica que, graças à blindagem institucional criada pelo Plano Real, a irresponsabilidade fiscal dos governos não se converte mais diretamente em hiperinflação.

No entanto, ele expõe a tensão atual: de um lado, o mundo político querendo gastar sem limites, e do outro, um Banco Central autônomo forçado a manter os juros altos para segurar a inflação.

 

Uma reforma esquecida

Gustavo Franco elogia a transição de poder no BC para Gabriel Galípolo, vendo-a como um sinal de amadurecimento da nossa democracia. Olhando para o futuro, o maior desafio é claro: o fiscal.

Segundo ele, o Brasil precisa de uma grande reforma na forma como o orçamento é feito para que os políticos finalmente encarem a realidade da escassez.

Mas o ponto mais crucial de sua análise é a “reforma esquecida”: a abertura econômica.

Ele argumenta que o Brasil ficou para trás de países como a Coreia do Sul porque se manteve fechado, aprisionado em ideias antigas, e não aproveitou a globalização para aumentar sua produtividade.

A solução, para ele, é mover a economia do “setor isolado” para o “setor aberto e digital”.

Compartilhe