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Por que ouvir Bruno Serra no Market Makers

A grande aposta no Real

Josué Guedes

Por Josué Guedes

22 Dec 2023 11h26 - atualizado em 22 Dec 2023 11h26

Por que ouvir Bruno Serra no Market Makers

No último episódio de 2023, recebemos ninguém menos que Bruno Serra, portfolio manager da família de fundos Itaú Janeiro.

Ex-diretor de política monetária do Banco Central entre 2018 e 2022 e recém chegado à Itaú Asset, Serra trouxe uma visão bem otimista para 2024 e explicou por que aposta numa apreciação do real frente ao dólar nos próximos meses.

Se você ainda não ouviu o ep. #76, aqui vão 4 bons motivos para escutar ainda hoje:

1. Experiência no BC: Após um “zap” do Roberto Campos Neto combinando uma conversa, Bruno recebeu o convite para assumir a diretoria de política monetária do Banco Central. Pediu uma semana para pensar e respondeu em 2 dias. No BC, Bruno comandou uma das diretorias que liderava o Copom, operação no mercado de câmbio, gestão de reserva, prerrogativa sobre compulsórios e ainda operava o PIX. Em suas palavras “é difícil fazer algo tão relevante para a sociedade como minha posição no BC permitia, colocando seu dedinho numa gestão que faz muita diferença para o país”. 

2. Por que ir pra gestora do Itaú ao invés de criar sua própria asset: Existiu aquele período em que dois bons gestores se juntavam, contratavam uma secretária, alugavam uma sala e com um terminal Bloomberg conseguiam tocar uma gestora. Apesar disso, a capacidade de gestão ficava limitada. Por isso, após sair do BC, Serra percebeu que fazia mais sentido se juntar a alguém, acelerando sua curva de aprendizado para gerir riscos de mercado. Com um relacionamento de mais de 15 anos com o banco Itaú, Serra recebeu uma proposta para criar uma “asset independente dentro do Itaú” e aceitou. Nasceu assim a família de fundos Janeiro com aproximadamente R$ 10 bilhões sob gestão.

3. Continuidade do ciclo de corte na Selic: O Brasil passou por um ciclo de reformas importantes que culminaram em crescimento surpreendente desde 2020 e que deve continuar no curto prazo. Em janeiro, Serra estava cauteloso pelo cenário de alta de juros nos EUA e início do ciclo de corte no Brasil, mas de lá para cá externo melhorou e o processo de desinflação já está acontecendo mundo afora e o Brasil, que já vem surpreendendo economicamente nos últimos trimestres, poderá seguir com mais cortes da Selic em 2024.

4. A grande aposta no Real: Na visão de Serra, existe um aspecto relacionado ao desempenho da conta corrente do Brasil que escapou à atenção dos economistas, mas que pode ter implicações transformacionais na interpretação da taxa de câmbio. No seu cenário mais otimista, o dólar pode atingir até R$ 4,20 nos próximos 6 a 9 meses. Por isso, a posição vendida em dólar atualmente é a maior da sua carteira.

Entenda tudo isso com profundidade e descubra a opinião de Serra sobre a recessão nos EUA, ouro e muito mais agora no episódio #76!

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