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Por que escutar Ettore Marchetti no Market Makers

Oportunidades e desafios da economia global

Por Gabriel Rosenbaum

05 Apr 2024 11h24 - atualizado em 05 Apr 2024 11h24

Por que escutar Ettore Marchetti no Market Makers

No episódio #91 do Market Makers, gravado na EQI Investimentos com a presença de membros da Comunidade Market Makers e outros convidados, conversamos com Ettore Marchetti, CEO da EQI Asset. Durante o papo, Ettore contou como ocorreu sua ascensão no mercado, tendo assumido com 25 anos a estratégia de juros e moedas do lendário Fundo Verde, que fazia parte da corretora Hedging Griffo, vendida para o Credit Suisse – transação explicada em detalhes na conversa. 

Além de contar sobre sua carreira, Ettore comentou as oportunidades e desafios do momento atual de mercado, incluindo o futuro da indústria de fundos no Brasil. Com vários insights e algumas ideias fora do consenso, esses são 4 bons motivos para você escutar ainda hoje o episódio #91:

1. Como foi a aquisição da Hedging Griffo pelo Credit Suisse

Em 2007, a Hedging Griffo, empresa em que Ettore era sócio e gerenciava alguns fundos, se preparava para fazer um IPO, tendo o Credit Suisse (CS) como um dos bancos mandatados para o processo. No entanto, a janela para IPOs começou a se fechar e durante esse período ficou evidente que uma associação entre a Griffo e o Credit Suisse faria muito sentido. 

Enquanto o CS possuía uma sólida área de Investment Banking e Research, a Griffo detinha uma asset com produtos de excelente desempenho, incluindo o fundo Verde de Luis Stuhlberger, além de áreas robustas de Wealth e Private. As sinergias entre as duas empresas resultaram na aquisição da Griffo pelo CS, que viu na transação uma oportunidade para expandir sua presença no Brasil, incorporando tanto clientes pessoas físicas quanto institucionais do país em sua base de clientes.

2. O pessimismo com a China

A China vive um momento perigoso em que fatores negativos tanto conjunturais de curto prazo quanto estruturais de longo prazo jogam contra as perspectivas do país. 

A conjuntura é de um mercado imobiliário desaquecido, com 3,8 milhões de imóveis vazios – sendo que 60% da renda dos chineses é vinculada às propriedades -, uma baixa confiança do consumidor e bancos à beira do colapso. Já olhando para o longo prazo, a demografia levanta uma grande preocupação, com uma taxa de natalidade de 1,1 (menor até que a do Japão) e a proporção de idosos indo de 20% para 35% em quinze anos, o que deve fazer a população economicamente ativa reduzir em um terço. 

Este cenário representa um desafio considerável para um mundo que se beneficiou significativamente da mão de obra barata da China nas últimas décadas.

3. O Federal Reserve está olhando para o retrovisor 

É fato que a resiliência da economia americana surpreendeu quase todo mundo mesmo com a alta de juros. Porém, a economia já está começando a dar sinais de fraqueza: o aumento da inadimplência de cartão de crédito, o esgotamento da poupança acumulada durante a pandemia e um mercado de trabalho em desaceleração. Ou seja, embora a desaceleração da economia tenha demorado para chegar, ela está se aproximando e a inflação pode surpreender para baixo.

Antevendo um ciclo de cortes de juros mais agressivo, a EQI prevê um dólar mais fraco e está aplicada nos vértices mais curtos da curva de juros – na prática, ela ganha se os juros caírem mais rápido do que as taxas encontradas na curva apontam hoje.    

4. Uma visão positiva para o mercado brasileiro

Quando o Brasil é comparado com seus pares na cesta de países emergentes, ele “ganha de WO” devido ao risco geopolítico de outros países e casos de cenário de cauda como Turquia. Sobram poucas opções de investimento para os investidores estrangeiros, sendo o Brasil uma das mais atrativas dado o seu mercado relativamente líquido e vetores estruturais positivos como ganhos de produtividade e crescimento populacional. 

Além disso, a EQI avalia que ainda há bastante espaço para os juros caírem – tese que depende da concretização dos cortes de juros lá fora -, podendo atingir entre 8,25% e 8,50% no fim do ciclo. O real deve se valorizar e a bolsa será beneficiada no cenário descrito acima, especialmente as ações de empresas sensíveis a juros.

Esses 4 tópicos são apenas um pequeno resumo do que você irá aprender assistindo o podcast completo! Se você leu essa newsletter e ainda não assistiu, clique aqui.

ECONOMIA GLOBAL: OPORTUNIDADES E DESAFIOS

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