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O agro é pop

A aplicação de técnicas modernas, como o uso de maquinário agrícola de ponta, biotecnologia, sistemas de irrigação eficientes e boas práticas agrícolas, têm permitido ao Brasil aumentar sua produtividade

Matheus Soares

Por Matheus Soares

22 Jul 2024 16h32 - atualizado em 22 Jul 2024 04h34

O agro é pop

Aqui na carteira do Market Makers, disponível para os sócios do M3 Club – clube premium do Market Makers – embarcamos em um novo projeto: realizar um estudo profundo sobre o agronegócio brasileiro. Não é novidade para ninguém que esse é um setor em que o país é o grande protagonista no mundo. Mas apesar da sua relevância na economia brasileira, o setor ainda não possui grande representatividade na bolsa de valores.

A importância do país nesse setor pode ser atribuída a diversos fatores que se destacam tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Em primeiro lugar, é essencial mencionar a extensão territorial do Brasil, que é o quinto maior país do mundo em área total.

Essa vastidão territorial proporciona condições climáticas e geográficas extremamente favoráveis para a prática agrícola em larga escala, permitindo o cultivo de uma variedade impressionante de culturas agrícolas – sem falar da abundância de recursos naturais, como solos férteis e disponibilidade hídrica. Como bem disse Jorge Ben Jor: “moro num país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza”.

O Brasil também é um dos poucos países no mundo que ainda possui significativa quantidade de terras agricultáveis a serem exploradas. 

Com tantas vantagens, o Brasil recebeu o apelido de ser o “Celeiro do Mundo” e essa afirmação não é um exagero já que grande parte da demanda por alimentos no futuro deverá ser ofertada pelas terras brasileiras.

O Brasil é hoje o maior produtor mundial de café, suco de laranja, açúcar, soja, carne bovina e de frango, além de ter uma presença significativa na produção de milho, algodão, entre outros produtos. Essa diversificação da produção agrícola brasileira torna o país fundamental no mercado global de alimentos, garantindo segurança alimentar, contribuindo para a economia mundial e para o PIB brasileiro – cerca de 25% do PIB é derivado do agronegócio.

Tal representatividade no setor só foi alcançada com a ajuda da tecnologia e inovação. Nos últimos anos, o país tem investido cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento agrícola – através de órgãos como a EMBRAPA, por exemplo – resultando em avanços significativos em produtividade, sustentabilidade e eficiência na produção de alimentos. 

A aplicação de técnicas modernas, como o uso de maquinário agrícola de ponta, biotecnologia, sistemas de irrigação eficientes e boas práticas agrícolas, têm permitido ao Brasil aumentar sua produtividade: a soja, por exemplo, teve um aumento de produtividade muito superior ao aumento da área plantada.

É razoável imaginar que à medida que a população cresce – é esperado que a população mundial saia de cerca de 8 para 10 bilhões de pessoas – e se torne mais ‘rica’, a demanda por alimentos e proteínas deverá aumentar cada vez mais. Com isso, o Brasil conseguirá se aproveitar desse “vento a favor”, visto que, soja e milho são os grãos que alimentam animais como aves, suínos e bovinos. 

Contudo, apesar da relevância do setor para o Brasil e para o mundo, ele ainda é sub-representado na bolsa de valores. Excluindo as empresas de papel e celulose (como Suzano, Klabin e Irani), sucroalcooleiro (São Martinho e Jalles Machado) e as que não atuam diretamente no setor (JBS, BRF, Marfrig, Minerva, Rumo e Hidrovias do Brasil), o agro é representado por 8 small caps: SLC Agrícola, BrasilAgro, Boa Safra, 3Tentos, AgroGalaxy, Vittia e Kepler Weber que juntas, possuem um valor de mercado de aproximadamente 22 bilhões.

A SLC e BrasilAgro são produtores que atuam diretamente com terras agrícolas, enquanto que a AgroGalaxy, 3Tentos, Boa Safra, Vittia atuam vendendo insumos agrícolas e Kepler Weber na venda de silos.

Concluímos que, por ser um setor pujante e com enorme vento de cauda, o agronegócio brasileiro continuará crescendo e se fortalecido ao longo dos próximos anos ao mesmo tempo que muitas dessas empresas podem apresentar assimetrias de preço relevantes vislumbrando um horizonte mais longo de tempo.

Nosso desafio ao longo das próximas semanas será entender quais empresas realmente gostaríamos de nos associar de modo a se beneficiar daquela que é a nossa grande vantagem competitiva: a terra. 

Ao longo das próximas semanas, os membros do M3 Club terão essa resposta. Caso você queria saber qual a melhor empresa do setor para se investir entre na lista de espera do nosso Clube.

Abriremos novas vagas (limitadas) na primeira quinzena de agosto para quem estiver na lista. Lá, além de recomendações e análises, entregamos aos membros networking com outros investidores, CEOs de empresas listadas na Bolsa e muito mais. Você pode conferir tudo neste link

No M3 Club, temos desde investidores de fora do mercado (empreendedores, médicos, advogados, autônomos, engenheiros etc) até profissionais do setor (consultores, assessores, gestores, fundadores de empresas de produtos financeiros etc). 

Em resumo, é um espaço construtivo e que te fortalece enquanto investidor, fazendo jus à famosa frase: “você é a média das pessoas com quem convive”. 

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Matheus Soares
Por Matheus Soares

Fundador do Market Makers, analista responsável pela Carteira Market Makers de Ações. Antes de fundar o MMakers, foi analista responsável pela cobertura de Small Caps na XP Inc e analista fundamentalista da Rico Investimentos. Certificado no curso de Value Investing da Columbia Business School.

matheus.soares@mmakers.com.br