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A China precisa dar um choque no Brasil
O fim da política de Covid zero e a alta das commodities
“No Brasil, commodities têm um peso
muito maior que o presidente”
— João Landau
Um novo ano está chegando! Chegou a hora de renovar as esperanças para um novo ciclo de paz, prosperidade e esperança! Isso se você estiver mal-informado.
Se você estiver por dentro dos acontecimentos políticos e econômicos nacionais e internacionais, chegou a hora de se preparar para mais um ano de tensão e estresse, ou até mesmo de deitar em posição fetal e chorar.
Estamos exagerando? Acho que não. Lembre-se de que em 2023 os Estados Unidos devem passar por uma recessão – tendo em vista que a inflação por lá ainda não foi resolvida – de que a guerra na Ucrânia não dá sinais de que vá terminar em 15 dias, o desenvolvimentismo unicampense está na moda de novo e já temos um rombo no teto de gastos contratado.
Talvez a única perspectiva positiva para o Brasil esteja na possível reabertura da China, cuja vida, e consequentemente a economia, ainda não voltou ao normal a ser o que era antes da covid-19 chegar.
No episódio de ontem do Market Makers perguntamos aos nossos convidados Emerson Codogno e Mariano Steinert, da Genoa Capital, se a China pode salvar o Brasil do que está acontecendo no mundo:
“Depende da magnitude do choque de commodities [causado pela reabertura da China]. Existe um benefício para nossas contas, uma vez que atrai dólares e é muito difícil haver crise econômica sem a alta do dólar. Os momentos mais fáceis de governar o Brasil aconteceram quando commodities subiram, porque a receita do governo aumenta e a chance de ter superávit primário aumenta também, mesmo crescendo a despesa”, afirma.
A julgar pelo crescimento de despesas praticamente estabelecido pela PEC do rombo de transição, um choque de demanda por commodities iria ajudar, e muito. “Estamos praticamente precisando de um”, completa Codogno.
Para ouvir o episódio completo, clique aqui.